Quem espontaneamente encararia expor suas referências musicais? Qualquer musicista que minimamente pressentiu estar diante de algo incrível e ter certeza do quanto avançou em apropriar-se disso. Assim, tal exposição torna-se até fácil.
A série "Top 20 guitarristas em 60 segundos" nasceu, talvez, deste sentimento. Esta foi, certamente a base. Da necessidade em ingressar nas redes sociais, com assunto contínuo que contemplasse às exigências impostas pelas próprias redes, foram também fatores decisivos.
Vinte guitarristas reduzidos à 60 segundos cada! Como selecionar? Como organizar? O que tocar? As respostas estavam bem ali, no inconsciente, bastava relembrar. Mas tantos estilos tão importantes! Jazz, Bossa, Mpb, Flamenco e Erudito... A primeira escolha fora pelo rock. Talvez por ter sido o primeiro. Imaginem refazer algo de sua adolescência ou inicio da idade adulta profissional, sabendo que aquilo sempre foi especial? É como jogar futebol para aqueles que sempre treinaram e tiveram proposições sérias. Com a arte, ainda sim, é diferente. Naquilo que a envolve. Não apenas à questões de inclinação pessoal, o que é compreensivo na escolha profissional, ganhos materiais e satisfação de se fazer o que gosta. Nas artes, não é só isso. Se por um lado os esportes exigem essencialmente a disputa, as artes sugerem o compartilhamento. Há uma complexidade inerente no fazer artístico que é intransferível. Aspectos quanto a linguagem, expressões, formas e atributos levam à vetores sociais quase sempre bem definidos e findados em si (daí a importância na imersão de múltiplas culturas, estratificando e qualificando os aprendizados). Os musicistas se moldam inclusive a isso, desde o início.
A segunda escolha foi pelo formato. Tinha de ser algo minimamente chamativo. E rápido. Então: 60 segundos! Uma série de desafios já se mostraram, somente com isso. Tons de músicas, afinações diferentes, drop's cada vez mais presentes para simular graves das guitarras de 7 ou 8 cordas. E tempos, andamentos como relógio, mas diferentes entre si. Então, as emendas ficaram a cargo dos pujantes e conhecidos temas e/ou motivos melódicos incontestáveis. Sim, no rock, é possível falar nesses termos devido ao seu estilo bem definido. Enfim, a escolha dos 20 guitarristas. A seleção se deu pelo envolvimento daqueles que mais me influenciaram. Há muito mais do que 20. Poderiam ser facilmente o dobro. O que leva a projeção de novos trabalhos, afinal, há sempre o que tocar, os musicistas sabem.
Somam as experiências técnicas de gravações e filmagens, tudo muito novo. Sem contar com o próprio trato online. Cada app, uma "realidade alternativa" capaz de ditar as regras desse novo mundo. Um mundo novo que exponencia, antes dezenas, agora centenas de milhares de pessoas em engajamento àqueles únicos 60 segundos de um vídeo já registrados. Não precisa repetir. Quem dirá 20 vídeos diferentes. A sensação é de um primeiro acerto. Certo de que o assunto proposto é mesmo algo incrível, compartilhável, agora, para fora do meu inconsciente.
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