A
escala, é abordada comumente como foco na representatividade teórica, com
regras, intervalos, graus, classificações, modos e ainda, base para arquitetura
harmônica. Parecem inundar, logo nas primeiras abordagens, uma série de
conceitos que, sim, lhe são inerentes, porém complexos. Abordá-las assim parece
pouco atrativo àqueles que iniciam ou aos que buscam se aperfeiçoar. Antes,
aponto aqui a real motivação deste artigo: há considerações importantes a serem
postas e em tom de prosa, convido a reflexão e estímulo a subjetividades.
Cada degrau, na música, é uma nota musical diferente, com sua altura definida na proporção obvia do desenho geométrico. Aliás, "(de)graus" para a escada é o mesmo que “grau” para a escala. Simples assim. Cada grau da escala é uma nota musical definida pela sua precisa altura, assim como os degraus são para a escada. Vê-se isso quando alguém está no primeiro degrau de uma escada e é diferente de se estar no sétimo degrau. A altura muda. Sabe-se que estar no sétimo degrau é estar mais alto em relação aos primeiros degraus.
Ainda
mais se estiver fora dela, em seu início, no “chão”. Esse “chão”, em música, é
a nota que dá referência à escala, nome inclusive. Pode ser qualquer uma das
notas musicais. Essa origem é a fundamental. Assim como o chão precisa ser
fundamentado e alicerçado para suportar uma escada. Estão envolvidos forças,
peso e relações para se fazer essa escada. Ou melhor, cada degrau transfere
para seu alicerce, uma força proporcional à sua altura. E essa força, dentre
suas relações, dependem do “modo” de como foi feita a escada. Por exemplo: se
os patamares forem mais distantes ou em curvas, e ainda, em “lances”, há a
interferência direta na estrutura, na fundamentação, então no seu formato e
modo. Sabemos que existem variadas formas de se fazer uma escada pra se ter o
efeito que se julga desejado. Então cada escada tem seu modo de serem feitas.
O
modo em música é a distância que os graus da escala estão disponíveis na
relação com sua fundamental. Podem ser menores ou maiores, diminutos ou
aumentados. Viram como funciona essa analogia? Todos esses termos são usados
não só na música para classificação dos graus, mas para adjetivar espaços
físicos como o da escada.
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