Nosso documento base será esta figura abaixo, produzida especialmente pra esse artigo, onde vemos os 7 Modos em uma única altura (em Dó), seus acordes característicos na esquerda - reforçando as diferenças dos modos mas, de maneira nenhuma, encerrando futuras possibilidades - e na coluna da direita, sua tonalidade de origem.
Começaremos com o modo de Dó Lídio, o mais aberto. É uma escala Maior com o IVº aumentada. Essa formação pertence ao tom de Sol Maior (note apenas 1 sustenido) e seu acorde característico é o "Maior com 4 aumentada". Logo, o Modo Jônio. É o modo que dá origem à escala Maior (Não há alterações). Vê-se que seu VIº torna-se Justo em comparação com o Modo Lídio. Obviamente é a referência do próprio tom, tendo como acorde característico o "Maior com 7 Maior e/ou 6 Maior". Tornando-se mais fechado e logo após, o Modo Mixolídio. Na comparação com a Maior, o VIIº torna-se menor. Tem seu acorde característico o "Maior com a 7 menor". Pertence a tonalidade de Fá Maior (note apenas 1 bemol). Iniciando os modos menores, temos agora o Modo Dórico. O mais aberto dos modos menores, tem seu VI° Maior. O acorde que mais o identifica é o "menor com a 6 Maior". É pertencente ao tom de Si bemol Maior. (Note 2 bemóis na sua formação). O Modo Eólio vem logo em sequência ao Dórico. Sua diferença é justamente o VI° menor, configurando a escala conhecida como Menor Antiga. Dentro do tonalismo, é reconhecida como o tom menor por ser a relativa menor do seu Maior, no caso Mi bemol maior (Note 3 bemóis em sua formação). Seu acorde característico é o "menor com a Sétima menor". O Modo Frígio é caracterizado como menor com o II° menor (b9) e vem logo depois do Eólio. Está presente no tom de Lá bemol Maior (4 bemóis) e o acorde que o representa é o "menor com a 9 menor", embora haja, subjetivamente, certa indisposição de aplicação desse acorde (normalmente mas não como regra, se usar a 9° menor, suspende-se a 3° menor, muito usado em harmonias como as da música flamenca). A formação mais fechada de todas é o Modo Lócrio. Compreendida por seu acorde "meio-diminuto", em comparação com o Frígio, possui seu V° diminuto. É pertencente ao tom de Ré bemol Maior (5 bemóis na sua formação).
Entenda que, vê-se na diferença de um modo para o outro, do aberto para o fechado, a distinção em semitom. Isso evoca a noção dos modos estarem equidistantes como Tons Vizinhos, trazendo uma noção tonal a essa narrativa.
Nesse estudo é importante fixarmos uma altura base para que se tenha maior clareza das sutis, porém claras diferenças dentre eles (dado fato de estarem em ordem e de serem tons vizinhos). E não somente uma clareza melódica, mas harmônica também. É possível ver quais graus de cada acorde são os mais característicos para cada formação.
• Relação de tons vizinhos nos Modos Gregorianos;
• Ótimo estudo para reconhecimento tonal;
• Diferenças claras entre os Modos;
• As extensões dos acordes em acordo com as diferenças dos modos;
• Excelente exercício para percepção;
• Ótima fonte de estudo técnico, memorização tanto melódico quanto Harmônico (vídeo no canal André Vicentin será produzido com esse tema)
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